#TBTdaCyndiLauper: A primeira vez de Cyndi Lauper no Brasil!!!
Cyndi Lauper chegou ao Brasil no dia 2 de novembro de 1989 às 13h20 no aeroporto de Cumbica, em Congonhas, com uma comitiva de mais de 30 pessoas entre músicos e técnicos. Os shows fazem parte da turnê internacional que ela estava realizando para lançar seu mais recente LP, "A Night to Remember", que já era disco de ouro no Brasil, com mais de 100 mil cópias adquiridas nas lojas. A turnê A Night To Remember começou em abril de 1989 e terminou em novembro do mesmo ano. A turnê foi para os EUA, Japão, Coreia do Sul, Taiwan, Hong Kong, Filipinas, Austrália, Brasil, Chile, Venezuela e México. No total, 45 shows.
A Banda:
Sue Hadjopoulous - Percussão e vocais
Kevin Jenkins - Baixo e vocais de apoio
Pat Buchanan - Guitarra e vocais
Jim Yaeger - Teclados e vocais
Tony James - Bateria
John Turi - Sax, teclas e vocais
Ao desembarcar sob forte esquema de segurança, a cantora disse sofrer de dores lombares provocadas por uma permanência excessiva no ar condicionado. Sua principal preocupação era recuperar a forma fisica para enfrentar a série de quatro shows. Uma simples formalidade para Cyndi Lauper, que acabara de cumprir uma temporada no Japão, Coréia do Sul, Filipinas, Austrália e Nova Zelândia.
No Brasil, a cantora contava com uma organização à altura dos mais de 15 milhões de discos vendidos, incluidos seus LPs precedentes, "She's so Unusual (1984) e "True Colors" (1986). Aproveitando o ensejo, Cyndi Lauper recebera da CBS, durante sua estada, dois discos de ouro e um duplo de platina pelas vendas conseguidas no país.
Mais de 180 pessoas além de 36 seguranças participam da produção dos espetáculos em São Paulo e no Rio, para os quais foram deslocados 20 toneladas de equipamentos de som e 10 toneladas de material de iluminação e de projeção. Além de seu grupo de seis músicos uma formação convencional que inclui baixo, guitarra, percussão, teclado e bateria.
Cyndi Lauper fez sua primeira visita ao Brasil, incluindo três shows em São Paulo no Ginásio do Ibirapuera, entre 3 e 5 de novembro. Além de São Paulo, ela também fez um show no Rio de Janeiro, no Maracanãzinho, no dia 7 de novembro.
Reportagem por TOM LEÃO:
Iniciando às 21:30h no Maracanãzinho, único show carioca e último show brasileiro. A mini turné nacional da cantora americana começou na última sexta-feira em São Paulo com um show extra, que se não lotou (o feriadão esvaziou a cidade), nem por isso foi menos quente e empolgante. Mesmo sem a voz na plena potència (uma gripe obtida pelo longo voo Australia-California-Brasil), a boneca de trapo, uma espécie de Emilla de Monteiro Lobato do rock, mandou ver (foi assim que Cyndi foi descrita pelos principais jornais brasileiros).
O esquema do show é de super produção mesmo, fica até deslocado em ginásio. Tem mais cara de algo do tipo Hollywood Rock. O palco é espaçoso, construído em plataformas, que Cyndi percorre sem parar (só faltaram as barras e passarelas que ela costuma utilizar). Na música de abertura, "I drove all night", é projetado no fundo branco parte do clipe para a canção, que mostra Cyndi guiando um carrão por alguma estrada desértica da América.
No quesito visual, ela pega pesado. Para cada show da turnê a moça dispõe de dois modelitos diferentes em cena. Na estréia, começou bem à vontade, com uma saia formada de tiras coloridas e um colante que deixava suas alvas costas toda à mostra. No bis, apareceu super psicodélica com um vestidinho glitter e um imenso boné abóbora. Não fica exatamente como uma "perua", mas chega bastante perto.
O show é conduzido num clima de altos e baixos no referente ao ritmo. Começa bem para cima, com as faixas mais rápidas do novo LP (e frio por parte da platéia que ainda não as conhece), e sobe mais ainda quando chega no modulo das regravações. Cyndi interpreta com estilo totalmente pessoal "What's going on", de Marvin Gaye, com todo o feeling soul necessário; e em seguida, vira uma espécie de garota primitiva e ataca de "Iko iko", que provoca a primeira reação na platéia.
Mas o espetáculo só esquentou pra valer quando ela e sua correta banda atacaram de "She bop". Nos intervalos, a cada duas canções, em média, Cyndi aproveitava para se comunicar com a platéia, lendo num papel algumas frases de ordem como "Vocês estão gostando?", "Esta tudo bem?" e, etc.
A cantora mostrou também que possui mais fãs por aqui do que o suposto. A todo momento rolava um pedido de autógrafo, envio de presentes diversos ao palco, etc, ao que Cyndi atendia a todos, inclusive usando alguns dos babilaques atirados sem cerimônias.
Contudo, foi mesmo nas músicas mais conhecidas que ela inflamou o ginásio do Ibirapuera. "Girls just want to have fun", que no final ganhou um andamento reggae; "Time after time", acompanhada apenas de guitarra e bateria; e "True colors", a última da noite, animaram geral a platéia. Nessa última, Cyndi quase reviveu o clima obtido pelo Queen com "Love of my life". O público cantou quase metade da canção sozinho, com Cyndi sentada à beira do palco.
Agora, cabe ao público carioca enfrentar a fétida latrina chama da Maracanãzinho para conferir o talento dessa artista que divide as opiniões. Só uma coisa: não adianta comparar com Madonna, que não tem nada a ver.
Calendário A NIGHT TO REMEMBER TOUR:
Fotos e reportagens dos shows no Brasil:
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