Tudo sobre a participação de Cyndi Lauper no The Late Show With Stephen Colbert
Stephen Colbert faz a introdução de Cyndi informando ao público que sua próxima convidada é vencedora de Grammys, Emmy e Tony, com sucessos como "Time after time", "True Colors" e "Girls just wanna have fun" ele dá as boas vindas à nossa diva.
Stephen começa a entrevista perguntando sobre como ela se sente fazendo parte do Hall da fama do Rock & Roll, no que Cyndi responde que ainda acredita que o "rock'n'roll pode salvar o mundo", citando exemplos de festivais como o Live Aid, "We are the world" e "Do They Know It's Christmas?".
Cyndi então inicia suas histórias que tanto gostamos de escutar: "Sabe, minha primeira música como vocalista foi uma música da Bad Company (...) eu ouvi a música 'give me shelter' e eu era muito jovem e pensei 'essa música é para mim, eu quero ser igual a Mary Creighton', porém eu ficava em segundo plano e era os anos 70, logo a gente usava muito sapatos tipo plataforma e por isso eu levei vários tombos, meu tornozelo virava toda vez.
Então, havia um empresário que disse que mesmo aquela garota que fica ao fundo caia bastante, ela canta muito bem, por isso só irei gerenciá-los se ela vir para frente e cantar. E foi assim que eu me tornei vocalista".
Confira a entrevista legendada:
Stephen Colbert: Então, você foi vocalista do Bad Company?
Cyndi: Não, era uma banda cover.
Stephen Colbert: Ah, então você meio que deve sua carreira à eles.
Cyndi: Ah Stephen, com certeza sim (risos). É engraçado de como a vida é um ciclo.
Stephen Colbert: Você também fundou a "Girls just wanna have fundamental rights". Me conte mais sobre isso.
Cyndi: Nos anos 80, quando eu falava sobre os direitos das mulheres e, eu conseguia fazer isso mesmo que por meio da comédia ou da luta livre, eu sufocava a todos com os direitos femininos ou sublinhava os direitos da plataforma feminina. E todo mundo ficava tipo: "por que você não cala essa boca e canta?". Mas eu não sabia como a juventude poderia me machucar tanto. E, quando eu assisti várias mulheres carregando cartazes escritos "Girls just wanna have fundamental rights"...não na TV, mas uma amiga me arrastou para esse protesto e uma senhora me disse "eu não gostei desse seu chapéu rosa, olha só eu tricotei alguns aqui, vista esse". Então, assim que vesti o chapéu eu vi a placa com aquilo escrito e pensei "então, elas me ouviram? Acho que é hora de eu ouvi-las". Então eu convoquei as mesmas amigas e iniciei a fundação True Colors, e agora estamos em turnê, no caso a última etapa.
Stephen Colbert: Que é a "Girls just wanna have fun - The farewell tour" e que irá cruzar o norte da América neste verão. E ela é uma turnê diferente?
Cyndi: Ah sim, totalmente diferente, pois desta vez eu consegui um diretor artístico maravilhoso que me ajudou a combinar música e arte. Que eu sempre amei fazer, mas das vezes eu tentei fazer parecia meio "Spinal tap". Então eu fechei uma parceria com a Yayoi Kusama, que se inspira muito na arte viva. Eu sei que provavelmente não é tão interessante, mas eu amo arte e nós somos nova iorquinos, certo? Então eu fui ao museu The Morgan Library onde vi aquela exposição com Sonia Delaney, Robert Delaney, Picasso e esse poeta poloês que morou na França...eu acho que era polonês, enfim...Ele conversou com essas pessoas para fazer arte e colocou sua poesia ao lado, o que para mim sãp como essas capas de álbuns, certo? Daí eu comecei a me animar e, havia também aquele movimento da arte viva, entre 1910 a 1930 em Paris que misturava arte e música. Então, era isso o que sempre quis fazer, quando eu disse "se eu fizer uma turnê de despedida eu vou fazer do jeito que sempre quis fazer" e é essa mistura de arte e música em uma arena. Então, eu não fico segurando uma lanterna com uma bola de discoteca e digo: "Certo, esperem...se bater nessa bola durante o solo, eu vou girá-la e vai dar tudo certo", não é assim, é bem diferente.
Eu fico animada por que não é algo comercial, é uma celebração, todos são bem-vindos, algumas pessoas se fantasiam, outras não, mas é muito divertido. E estamos vendendo perucas.
Nesta hora Cyndi saca de sua bolsa que trouxe a tira-colo alguns exemplares de suas perucas.
Cyndi: Estamos vendendo perucas e os lucros arrecadados vão para caridade de plataformas femininas, para ajudar sobre abortos seguros, atendimento pré-natal e pós-natal, violência doméstica, até mesmo para...Não sei se você tem permissão para dizer isso, mas cuidados sanitários. E eu pessoalmente acho que rosa é a sua cor...
Stephen: Minha cor? Está certo.
Stephen então veste a peruca e Cyndi mostra a camiseta que também está a venda com a logo de "Girls just wanna have fundamental rights".
Stephen agradece a presença de Cyndi e a entrevista com cerca de oito minutos tem seu fim.
Comentários
Postar um comentário